segunda-feira, novembro 07, 2005
Mais cimento que massa cinzenta.
Acompanho com interesse o trabalho dos cientistas portuguesas em instituições estrangeiras e ao longo dos anos até tenho constituído uma interessante base de dados neste campo. Isto vem a propósito que há uns dias foi lançada uma estimativa que cerca de 1/5 dos portugueses com formação superior (cursos universitários ou técnicos) trabalhavam fora do país. Se restringirmos esta estimativa aos investigadores e professores universitários esta percentagem será certamente mais elevada. Áreas como Matemática, Engenharia, Medicina, Bioquímica, Informática e mais algumas outras são bem relevantes deste facto. E a tendência tem sido sempre a crescer! Como tal, e perante tal excessiva percentagem quando o Sr. Prof. Ramôa Ribeiro, presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), declara a propósito desta evasão: “(...) é bom que fiquem no estrangeiro, porque transformam-se em excelentes embaixadores da ciência portuguesa. Ganha-se uma grande ligação ao estrangeiro e aos grandes centros de I&D” na globalidade não posso concordar com o seu pensamento.
Primeiro, esta fuga de ´cérebros´ atinge cada vez mais jovens cientistas, que quase não realizaram investigação
Mas ainda existe em Portugal uma grande massa de cientistas de alto prestígio (porventura também prontos para irem, um dia, investigar outras regiões).
Conheço, por exemplo, um caso de um jovem que acabou o seu curso em Portugal e ficou dois anos no desemprego.
Depois foi tirar o mestrado a uma Universidade do Reino Unido.
Ao fim de um ano acabou o mestrado e candidatou-se ao doutoramento também no Reino Unido.
Actualmente, já com o doutoramento feito, ficou no Reino Unido onde nunca teve nenhuma dificuldade de arranjar emprego.
Em Portugal não tinha hipótese.
Resultado, é investigador no Reino Unido, conhece cientistas de muitos países excepto de um, Portugal...
Não vejo que espécie de embaixador possa ser.
Outrora já deambulei algumas vezes pelo teu blogue Cabalas, mas vou tentar arranjar tempo ( que tou á rasca agora)para o conhecer ainda melhor e a ti!
continua a escrever, e bem!
fernando v.
boas,
fernando v.
<< Home
View My Stats