sábado, abril 28, 2007

Novo filme de Martin Scorsese adapta o "Silêncio" de Shusaku Endo. Obra sobre a vida de missionários Jesuítas portugueses no Japão, no séc. XVII.

Em meados da década de 90 descortinei numa feira de livros em saldos no Porto um livro de um autor japonês que até ao momento apenas conhecia de nome e algumas suas linhas biográficas.

O livro era o "Silêncio" (Chinmoku) e o seu autor era Shusaku Endo. Por sinal era uma publicação brasileira que só por engano ali foi parar. O original foi escrito em 1966 e esta era tradução brasileira datada de 1979 pela editora Civilização Brasileira. Em 1990 saiu a 1ª edição portuguesa pela D. Quixote / Círculo de Leitores (trad. João David Antunes, sendo já 4ª ed. de 1995 traduzida por Teolinda Gersão)

Shusaku Endo é considerado um dos maiores romancistas japoneses e o "Silêncio" é a sua obra-maior, que inclusive granjeou o reputado prémio literário Tanizaki. Endo publica o seu primeiro livro em 1955 e desde então publicou regularmente até perto da sua morte em 1996. O seu estilo de escrita é comummente associado a Graham Greene, que aliás o considerava um dos maiores escritores do séc. XX. Endo professava o catolicismo num país onde menos de 1% o é.

O "Silêncio" aborda as atrocidades cometidas pelo japoneses a missionários jesuítas (no caso do livro sobretudo a portugueses) e a milhares de devotos do cristianismo, no Japão, sobretudo na ilha de Kyushu (a ilha primaz no cristianismo japonês), no séc. XVII. É um livro que contém passagens bastante pungentes e que durante muito anos suscitou razoável polémica no Japão, mesmo da parte de alguns cristãos japoneses.



Breve contexto histórico
Os jesuítas chegaram ao Japão em 1549 através do desembarque em Kagoshima (ilha de Kyushu) pelo espanhol (navarro) S. Francisco Xavier. O cristianismo floresceu por essas paragens a um ritmo impressionante, sobretudo por acção do missionário italiano Alessandro Valignanno. Tanto que cerca de seis décadas volvidas o número de católicos no Japão (maioria na ilha de Kyushu) já rondava os 300 mil e a sua influência na sociedade e politica era bem pronunciada.

Toyotomi Hideyoshi o senhor da ilha de Kyushu (e mais tarde o grande senhor de todo o Japão e o responsável pela sua unificação) manteve boas relações com os jesuítas (que divisava com um nível cultural acima da média e estreitamente ligados a negócios mercantis) e até via de bom grado as conversões ao catolicismo por parte dos japoneses (até porque odiava o budismo). Muitos dos próprios daimios se convertiam, bem como seus súbitos. Formou-se mesmo uma Igreja japonesa nativa, com um largo clero japonês, e com colégios, seminários, hospitais, etc. Tanto que este período foi chamado por certos historiadores o século cristão japonês.

Contudo em 1597 Hideyoshi teve necessidade de evidenciar o seu poder e autoritarismo e mandou crucificar 26 missionários cristãos entre europeus e japoneses no porto de Nagasaki. Se efectivamente esse episódio não prejudicou as boas relações que os jesuítas tinham com a corte nipónica, foi um primeiro (e bem intimidador) sinal que as coisas poderiam mudar bruscamente. Apesar de um período algo conturbado no Japão que se sucedeu após a morte de Hideyoshi os governantes que lhe sucederam mantiverem boas relações com os jesuítas e os cristãos em geral.

Já o shogun Tokugawa Ieyasu, não via com bons olhos a crescente influência dos jesuítas e dos cristãos no Japão e já no final da sua governação entendeu, por influência dos ingleses e holandeses expulsar em 1614 todos os jesuítas e padres do Japão. Seguiu-se um período de várias décadas de dura e cruel perseguição aos padres e cristãos (que entretanto já estavam disseminados por várias regiões do Japão), com o propósito de eliminar por completo o cristianismo do Japão. Foram mortos milhares de cristãos (incluindo crianças, mulheres e idosos) queimados na fogueira, por enforcamento, por crucificação, por horrendas torturas (para que os cristãos se tornassem apóstatas). Contudo apesar de todas estas práticas e da crescente tortura até 1632 nenhum missionário se tinha tornado apóstata. Isto foi quebrado nesse ano quando o Superior português Cristóvão Ferreira fez o sinal de apostasia. Ferreira era um dos mais importantes jesuítas no Japão (vivia aí já há 33 anos) e sua decisão foi muito marcante doravante no seio da comunidade cristã no Japão. O segundo grande revés ocorreu na célebre Rebelião de Shimbara (próximo de Nagasaki) onde ao longo de 4 meses foram mortos cerca de meia centena de milhar de campesinos cristãos, incluindo alguns padres. A partir dessa data o Japão fechou as 'suas portas' ao mundo e o cristianismo foi ainda mais perseguido.

Apesar de todos estes acontecimentos o cristianismo continuou a ter ao longo dos séculos seguintes milhares de professos (mas de modo secreto) no Japão, sobretudo na ilha de Kyushu, até que em 1865 quando o Japão voltou a abrir-se ao mundo os cristãos puderam de novo realizar suas práticas religiosas de modo livre e público. Inclusive em 1895 foi inaugurada a catedral de Santa Maria em Nagasaki, a maior catedral católica em todo o Oriente (destruída depois em 1945 pela bomba atómica).



O "Silêncio" de Shusaku Endo
Este livro, escrito enquanto Endo viveu em Nagasaki, é uma história baseada em factos reais e retrata a entrada secreta e posterior estadia de dois missionários jesuítas portugueses, Sebastião Rodrigues e Francisco Garrpe, e mais 8 religiosos europeus, em 1643, no Japão, numa época de grande perseguição aos cristãos. Capturados num curto espaço de tempo, todos eles apostataram depois de terem passado longas e terríveis torturas. Sebastião Rodrigues e Francisco Garrpe tinham sido alunos de Cristóvão Ferreira e não acreditando que este tivesse feito apostasia decidiram ir ao Japão descobrir a verdade dos factos.
Não me vou estender mais pois os resto podem ler no livro.

William Johnson, o primeiro tradutor da obras para Língua Inglesa tem uma passagem interessante no prefácio do livro: «O Japão [...] absorve toda a sorte de ideologias, transformando-as em si mesmo, e distorcendo-as no processo de fazê-lo. É a teia de aranha que destrói a borboleta, deixando-lhe apenas o esqueleto feio.» Já Endo refere que «os japoneses devem absorver o cristianismo sem o suporte de uma tradição, história, legado ou sensibilidade cristã», devido às grandes diferenças culturais e civilizacionais.


O novo filme de Martin Scorsese
Martin Scorsese escreveu o primeiro esboço do argumento adaptativo de o "Silêncio" de Shusaku Endo, há cerca de 10 anos, em parceria com o argumentista Jay Cocks. Foi ao longo dos anos esperando avançar com este projecto, conseguindo finalmente reunir as condições necessárias. As filmagens vão ser efectuadas este Verão em Vancouver, no Canadá.
É a segunda vez que um filme Scorsese aborda directamente a temática do Cristianismo/Catolicismo, depois da "Última Tentação de Cristo" que gerou bastante polémica na altura. Este novo filme muito dificilmente não suscitará polémica no Japão.
Os japoneses são comummente retratados nos filmes americanos e europeus sobretudo em histórias pouco felizes relativas a episódios da Segunda Guerra Mundial, mas até aqui nunca um grande realizador (não japonês) tinha abordado outros períodos da história de forte controvérsia do Japão (se não incluirmos o " O último Imperador").
Uma coisa é certa, o Japão não ficará em silêncio com este novo filme de Scorcese.

"ACROS Fukuoka" a excelência na cultura e no ambiente.


O edifício "ACROS Fukuoka" é dos centros culturais por excelência da cidade de Fukuoka, na ilha de Kyushu, no Japão. No seu interior podemos assistir a concertos, espectáculos,visitar exposições, assistir a conferências, consultar um centro documental, etc. Se é um edifício cujo exterior se afigura visualmente muito apelativo, se atentarmos nas suas funcionalidades mais interessante se torna. No seu telhado/frente os terraços ajardinados contêm cerca de 35 mil plantas representando 76 espécies. Entre outros aspectos esta configuração reduz o consumo energético do edifício pois mantém a temperatura constante e confortável, retém água da chuva, permite a vida de espécies (insectos e pássaros), etc.

Visto no Metaefficent ( as fotos também provêm de lá)


Google Earth (clicar para ampliar)


quinta-feira, abril 26, 2007

Expo 2008 de Saragoça versus Expo 2005 Aichi

A cerca de um ano da inauguração da Expo 2008 de Saragoça o registo num vídeo promocional desta exposição que terá como temática "A Água e o Desenvolvimento Sustentável". Os bilhetes já estão à venda e até à abertura com bons desconto.Visitem também o blogue.




Em 2005 a Exposição Mundial decorreu em Aichi, no Japão, e superou os 22 milhões de visitantes.


Capitulação incondicional a um dos mercados mais possantes do mundo

Olivença já vai na 5ª geminação com terras portugueses. Depois de Leiria, Portalegre, Elvas, Cadaval é agora a vez de Vila Viçosa.
Se não os podes vencer junta-te a eles!

Impressionante como os japoneses continuam a ser os maiores bloggers do mundo

Segundo dados, de início deste mês, da Technorati "o japonês é a língua mais comum nos blogues, já que perfaz 37 por cento dos idiomas utilizados. O inglês ocupa a segunda posição da tabela (33 por cento), seguido do chinês (8 por cento) e o italiano (3 por cento). O português está presente em dois por cento dos blogs."

Pelo que tenho conhecimento a maior parte dos blogues Japoneses são diários pessoais, flogs (fotoblogs) ou moblogs (mobile blogs).

Desde que me recordo das primeiras estatísticas da Technorati, desde 2005, o Japão esteve sempre na dianteira, mas pelo facto de na actualidade existir pelo menos o dobro de internautas com Língua Inglesa ou Chinesa como nativa, afigura-se impressionante o persistente domínio nipónico da blogosfera. Até quando? 2008, 2009?



A projecção do cinema Japonês em Portugal - contemporaneidades.

A maior manifestação do Japão em Portugal regista-se desde há muitas décadas através dos automóveis, dos motores, máquinas e uma parafernália de aparelhos e electrónicos e eléctricos que importamos.

De seguida vem o cinema japonês. O Japão possui uma tradição e uma indústria cinematográfica de incomensurável dimensão. Mas ao longo da sua existência sofreu dois duros revezes.

Em 1923 o famigerado terramoto Kanto que atingiu a região de Tóquio (vitimando mais de 140 mil pessoas e desalojando dois milhões) destruiu praticamente toda a produção cinematográfica anterior a esta data, sobretudo quando o depósito da companhia-mor, a Nikkatsu, foi reduzido a escombros. Esta e outras companhias como a Shochiku ou a Toho, viriam a ser de novo severamente fustigadas na Segunda Guerra Mundial onde praticamente toda a indústria de cinema foi dizimada. Estima-se que cerca de 97% das dezenas de milhares de filmes produzidos no Japão até à capitulação de Hirohito foram destruídos ou desapareceram, o que significa a perda de um legado imensurável, inclusive de milhares de obras–primas do cinema nipónico. Isto aliado ao facto das fracas condições, em muito casos, de armazenamento dos filmes num clima extremamente húmido como o Japão, conduziram a que escasso número de películas sobrevivessem mesmo nos anos subsequentes à guerra (a maior parte das que hoje ainda subsistem dessa época devem-no a se encontrarem fora do país).

Ora a manifestação de cinema nipónico em terras lusas fez-se sempre sobretudo através de festivais e da Cinemateca (de Lisboa).

O Nippon Koma - Festival de Cinema Japonês é uma desses festivais que se realiza todos os anos na Culturgest, no final do Outono, e que se estende por uma semana. O destaque é dirigido ao cinema de animação (anime) e documentário. No ano transacto realizou-se a 4ª edição, no qual assisti pela primeira vez e apenas a um filme: o documentário “30 Anos de Irmandade” de Chieko Yamagami e Noriko Seyama, rodado em 2004, e que reporta o movimento de emancipação feminina no Japão desde 1970. Não era propriamente o filme que mais me interessava visionar do festival, mas por força maior sucedeu ser este. Foi projectado numa quarta-feira à noite e ainda sobejava um razoável número de lugares na sala. Segundo as estatísticas, a média das sessões ronda a centena de espectadores, sobretudo pessoas mais jovens. Realizam-se duas sessões diárias (às 18h30 e 21h30), a um preço único de 2 euros por sessão. Um folheto de cerca de 20 páginas que é distribuído gratuitamente apresenta a programação com pequeno resumos sobre os filmes.
Esta 4ª edição, que decorreu entre 4 e 9 de Dezembro contou 70 filmes, e os realizadores em destaque (para além dos antes citados) foram Kon Satoshi, Tanaami Keiichi, Aihara Nobuhiro, Nakajima, Ogawa Shinsuke, Oshige Junichiro entre outros.
A programação do último festival ainda está online

Outro festival que presta atenção ao cinema japonês é “Lisbon Village Festival” (LVF), que em Junho próximo, entre 18 e 24, terá a sua segunda edição. Este festival congrega três vertentes: cinema, artes plásticas (exposições) e música (concertos e performances), No que concerne ao cinema o LVF é o primeiro europeu exclusivamente dedicado ao cinema de suporte digital. Realiza-se no cinema S. Jorge e noutras salas definidas cada ano.
Tem como festival parceiro o prestigiado Skip City Internacional D-Cinema Festival no Japão, incluindo, todos os anos, na sua programação uma mostra das melhores obras que passaram por esse festival.
O LVF é organizado pela Hikari Global e promovido pela Câmara Municipal de Lisboa, EGEAC e BDC – Bartholomeu Digital Cinema.

O DocLisboa também presta regularmente especial atenção ao cinema japonês. Na sua edição de 2006 (de 20 a 29 de Outubro), apresentou uma secção denominada “Histórias Mínimas: o Documentário Japonês Contemporâneo” , que traçou um panorama histórico do documentário japonês de 1987 até ao presente. Makoto Sato e Naomi Kawase, dois dos realizadores representados nesta selecção, estiveram presentes para apresentar os seus filmes e discutir a situação do documentário no Japão. Foram projectados filmes igualmente de Shinsuke Ogawa, Kazuo Hara, Mori Tatsuya, Hirokazu Koreeda e Kato Haruyo. Este ano o festival decorre entre 18 e 28 de Outubro, como sempre, na Culturgest.

Outro festival de cinema que presta regularmente atenção á cinematografia nipónica é o já consagrado Festival IndieLisboa” (Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa) cuja 4º edição decorre no presente momento (entre 19 e 29 de Abril) em quatro salas de cinema. O Cinema São Jorge junta-se este ano aos tradicionais King, Londres e Fórum Lisboa. Nesta 4ª edição é prestada uma homenagem especial ao realizador japonês Shinji Aoyama com a exibição de 14 filmes seus. O universo deste artista vagueia entre a alienação, morte e o renascimento da alma humana, como se presencia em obras como “Helpless” (1995), “Chinpira: Two Punks, Edge of Chãos” (1996) e “Wild Life” (1997) que constam do programa. O ano passado foi homenageado Nobuhiro Suwa , com projecções de “2 Duo” (1997), “Un Couple Parfait”(2005) e onde evoca Michalangelo Antonioni, “H Story” (2001), “A Letter from Hiroshima” (2002) e “M/Other” (1999).
Ver entrevista de João Antunes a Shinji Aoyama, no âmbito da sua presença neste festival.



Uma sala privilegiada para assistir a excelentes obras do cinema nipónico é a Cinemateca que todos os meses nos brinda com cinematografia deste país, com especial relevos para os nomes consagrados: Mizouguchi, Ozu ou Kurosawa.

Estes mês foram projectados, como habitualmente grandes películas:

Kenji Mizoguchi
Dia 2 - "Os Amantes Crucificados" (Chikamatsu Monogatari) [1954]
Dia 14 - "Mulheres da Noite" (Yoru No Onna-Tachi) [1947]

Mikio Naruse
Dia 14 - "Nuvens Flutuantes" (Ugikimo) [1955]

Yasujiro Ozu
Dia 21 - "Viagem a Tóquio" (Tokyo Monogatari - Tokyo Story) [1953]
No banner deste blogue está representado uma imagem deste filme, um dos meus favoritos.


domingo, abril 08, 2007

O novo Centro Nacional de Arte de Tóquio, um dos maiores e mais modernos museus do mundo.

Inaugurado em 21 de Janeiro passado o Centro Nacional de Arte de Tóquio (NACT) é o maior museu do Japão e um dos mais modernos do Mundo. O próprio edifício do museu, projectado pelo lendário arquitecto Kisho Kurokawa (é no momento candidato a governador de Tóquio), é só por si uma obra de arte, já distinguido com prestigiados prémios de arquitectura, inclusive o do Chicago Atheneaum em 2006.

Situado no centro de Roppongi, o bairro cultural por excelência de Tóquio, tem um espaço com 48 mil m2 de área e comporta 12 galerias para exposições (14 mil m2). A imensa fachada ondulada de vidro transparente destaca-se no horizonte visual do visitante. Kisho Kurokawa é o reputado artista da harmonia e equilíbrio entre a moderna tecnologia e as tradições culturais nipónicas.

No átrio destacam-se dois gigantes cones invertidos com cafetarias e restaurante no seu topo. A iluminação é regulada automaticamente à passagem dos visitantes e a limpeza é robotizada. O Museu define-se como uma "superinstalação funcional" em que todas as paredes das galerias são amovíveis e que permite a mudança das obras em exposição sem o visitante se aperceber efectivamente disso. O NACT possui ainda uma biblioteca, um auditório para 300 pessoas e loja.

O museu possui a particularidade de não ter nenhuma colecção permanente e tem a expectativa de atrair 1,5 milhões de visitantes por ano. Até 19 de Março o museu expôs a exposição “Vivendo no Mundo Material: “Coisas” na Arte do Século XX e Posteriores", com cerca de 600 obras de arte provenientes de colecções nacionais e estrangeiras (Cézanne, Duchamp, Rauschenbergou Pollock, Kurt Schwitters, Michael Craig-Martin, Jiro Yoshihara ou Yasumasa Morimura). No momento apresenta a mostra "Paris do Mundo Inteiro: Artistas Estrangeiros em Paris 1900-2005", organizada pelo Centro Pompidou e com 200 obras de Picasso, Chagall ou Brassaï.

Contudo cada exposição ocupa apenas cinco das 12 galerias. O restante espaço e salas , que ainda é imenso são alugados a associações de artistas. A procura destes espaços tem sido tão elevada que a maioria das galerias já está concessionada até final de 2008.
A edificação do NACT estendeu-se por quatro anos e custou 223 milhões de euros.





Website do Museu

Fonte das Fotos: Centro Nacional de Arte de Tóquio (NACT)

Campeonatos do Mundo de Atletismo de 2007 em Osaka, Japão, com o dobro dos atletas habituais.

A cidade Osaka albergará entre 25 de Agosto e 2 de Setembro próximos os 11ºs Campeonatos do Mundo de Atletismo. São esperados cerca de 3 200 atletas provenientes de 211 países e territórios de todo o mundo. O nº de atletas esperados é cerca do dobro dos registados em média nos anteriores Campeonatos. Estima-se que este evento será visionado por mais de 4 mil milhões de pessoas em todo o mundo, constituindo um novo recorde dos campeonatos.

Os Campeonatos tiverem início em 1983 em Helsínquia (Finlândia), a que se seguiu em 1987 a cidade de Roma (Itália). Em 1991 foi realizado em Tóquio, onde foram batidos os recordes mais extraordinários até hoje dos diversos campeonatos. No Estádio Olímpico de Tóquio, entre diversos feitos, Carl Lewis bateu o recorde do mundo dos 100 metros com a excelente marca de 9,86s e Mike Powell conseguiu bater o recorde do salto em cumprimento (8,95 metros), que já persistia há 23 anos, desde que nos Jogos Olímpicos do México, Bob Beamon saltou mais longe que qualquer homem o fizera até hoje (8,90m). O recorde Powell ainda se mantém e curioso é que há mais de 10 anos nenhum homem salta mais de 8,60m, algo parecido com o recorde de salto com vara que parece cada vez mais distante. Os campeonatos de Tóquio, em 1991, granjearam tanto sucesso que a partir daí passaram a ter uma periodicidade 2 anos, sendo posteriormente todos realizados em cidades europeias, com a excepção de Edmonton, no Canada, em 2001.

A cidade de Osaka é a terceira maior cidade japonesa (durante o horário laboral é mesmo a segunda) e possui um sector industrial muito forte. A conurbação Osaka-Kobe-Quioto totaliza perto de 20 milhões de habitantes. Osaka organizou a Exposição Mundial de 1970, que acolheu cerca de 65 milhões de visitantes, sendo até hoje a exposição mais visitada da história da humanidade. Na cidade de Osaka habitam muitas comunidades de estrangeiros sendo a mais numerosa a coreana com cerca de 100 mil habitantes.

Website Oficial do Campeonato M. A. de Osaka
“IAAF Green Project” em Osaka



Sobre a cidade e região de Osaka:


sábado, abril 07, 2007

A Arca Solar de Gifu, um dos mais inusitados e potentes edifícios solares do mundo

Na Prefeitura de Gifu, no Japão, localiza-se um dos mais espectaculares e potentes edifícios solares do mundo. Trata-se da Arca Solar, construída pela Sanyo, e inaugurada em 2005. A Arca incorpora 5 046 panéis solares, e produz cerca de 530 000 KWh de energia 'limpa' por ano. O seu interior alberga um grande museu solar. Todo o edifício é controlado por computador permitindo produzir nos seus painéis imagens e texto.



Visto no Metaefficent ( as fotos também provêm de lá)

terça-feira, setembro 26, 2006

Paragem até ao próximo Verão.

Por manifesta falta de tempo este blogue não será mais actualizado até ao próximo Verão.
O meu agradecimento a todos os que por aqui passaram.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Japão é o país convidado da 10ª edição do Festival Internacional de Dança Contemporânea "a Sul", que decorre até 13 de Outubro.

""Coreografias japonesas vão poder ser vistas em cinco concelhos algarvios, mas também em Lisboa, nos dez espectáculos agendados para a 10ª edição do Festival Internacional de Dança Contemporânea "a Sul". O certame, que tem como país convidado o Japão, arranca hoje em Faro, mas vai passar também por Loulé, Lagos, Lagoa e Vila Real de Santo António, numa maratona de dança contemporânea que só termina a 13 de Outubro.

A iniciativa, que também se estende a Lisboa, resulta de uma co-produção entre a associação "no Fundo do Fundo" e o Teatro das Figuras, em Faro, com o apoio da associação Devir e do Centro de Artes Performativas do Algarve (CAPA).

Abrem o Festival, no CAPA, em Faro, os espectáculos "Carlo X Carlo", trabalho sobre a dualidade humana interpretado pela companhia japonesa "j.a.m Dance Theatre", e "Mizunoie/Water House", pela Monochrome Circus. Nas noites de sábado e domingo, o festival "percorre" cerca de 60 quilómetros até Lagoa, para a apresentação do espectáculo "não temos pátria, temos barbatanas & valsa lenta 06". O espectáculo, concebido e dirigido por José Laginha, é composto por duas partes, separadas por um intervalo em que é interpretada a performance "a encomenda", a que se segue a instalação "valsa lenta 06".

A par dos espectáculos "Kaminari - Trovão", interpretado pela Kamu Suna Ballet Company e "7 p.m./Rumour (loose in the air)", de Maria Ramos, a representação de José Laginha completa o trio de participações portuguesas no festival. "Kaminari - Trovão" é a primeira obra da companhia dirigida por César Augusto Moniz, que durante dez anos viajou entre Portugal e o Japão para estudar o xintoísmo, religião anterior ao budismo, e o budismo. O espectáculo da companhia Kamu Suna Ballet Company, formada em Lisboa em Janeiro de 2006, é apresentado em Lagos a 30 de Setembro e em Lagoa a 06 de Outubro.


O terceiro espectáculo português a ser apresentado no festival - "7 p.m./Rumour (loose in the air)" -, inspirado no poema "Half-hanged Mary", de Margaret Atwood, sobe ao palco do CAPa a 13 de Outubro, data de encerramento do certame.

No mesmo dia, repetem os espectáculos "Tabula Rasa", pela companhia Cross-Section, apresentado antes em Loulé, a 29 de Setembro, e "Komachi", coreografado por Masami Yurabe, que pode ser visto antes em Lagoa, em estreia nacional, a 06 de Outubro, e no Teatro da Comuna a 09 e 10 de Outubro.

A agenda do festival "a Sul" inclui ainda, em Lisboa e Faro, os espectáculos "Pollen Revolution", pela companhia Akira Kasai, em estreia nacional, e "Refined Colors", pelo Monochrome Circus, em Loulé. O coreógrafo japonês Miho Konai traz também a Portugal pela primeira vez o espectáculo "FuwaFuwa Ladybug", apresentado em Loulé no dia 29, em Vila Real de Santo António no dia 07 de Outubro e no Teatro da Comuna nos dias 09 e 10.

Outra estreia em palcos portugueses é a do espectáculo "Against Newton II", interpretado pela companhia japonesa Dance Theatre Ludens a 30 de Setembro em Lagos e a 7 de Outubro em Vila Real de Santo António. "

Fontes:
Texto - Barlavento Online - 16-09-006
Cartaz

Consultar website do Festival, com Programação detalhada

Mais notícias alusivas: Região Sul,

segunda-feira, setembro 18, 2006

"Histórias e Tradições do Japão" : exposições organizadas no Porto, de 30 de Setembro a 29 de Outubro.

"Porto e Nagasaki, cidades geminadas, serviram de inspiração para este evento cultural que compreende três exposições organizadas pela "Árvore" Cooperativa de Actividades Artísticas, em colaboração com a Embaixada do Japão, Câmara Municipal do Porto e a Dra. Maria Helena Castro.

"Histórias e Tradições do Japão" compreende 3 exposições:

(Estas duas exposições decorrem na Casa do Infante, de 2ª a Sábado, das 10h00 às 17h30 ; e aos Domingos das 14h00 às 17h00.)

(Esta exposição decorre no CRAT [Centro Regional de Artes Tradicionais], de 2ª a 6ª, das 10h00 às 12h00 e das 13h00 às 18h00).

Para mais informações contactar "Árvore" Cooperativa de Actividades Artísticas - Alexandra Gandra | Tel.: 22 207 60 10. Todas as exposições têm entrada livre.


Fontes:
Texto - Embaixada do Japão em Portugal
Gravura: Yoshitoshi Taiso


quarta-feira, setembro 13, 2006

O Japão é o país convidado da 1ª edição do “Farol de Sonhos”, que decorre em Cascais, entre 11 e 15 de Outubro.

O Japão é o país convidado da 1ª edição doFarol de Sonhos”, o 1º Encontro sobre o Livro e o Imaginário Infantil que decorrerá na Biblioteca Municipal de São Domingos de Rana, em Cascais, entre os dias 11 e 15 de Outubro.

Trata-se de um “evento multidisciplinar, no qual a ilustração, o livro, os mecanismos da imaginação criadora e a colaboração dinâmica com as escolas irão estar no centro do debate, da reflexão colectiva e da fruição de objectos artísticos de projecção internacional.

Iniciativa de características inéditas no nosso país, o Farol de Sonhos trará pela primeira vez a Portugal Katsumi Komagata (convidado especial), um dos maiores criadores gráficos mundiais, bem como alguns dos mais destacados responsáveis de eventos internacionais como a Feira de Bolonha, a Bienal de Bratislava ou a Biblioteca Internacional para a Infância de Munique.

O Farol de Sonhos, na sua dimensão plural, pretende transformar-se num acontecimento de referência da vida cultural portuguesa, homenageando em cada edição figuras cuja obra se inscreve no âmbito criativo que a iniciativa cobre. Arte e reflexão para todas as idades, de olhos postos na modernidade e no futuro.”


(clicar para ampliar)


Este encontro compreende a realização de :

Exposições:

Conferências do Farol” apresentando como oradores/intervenientes:

Workshops:

Dia 12, 13 e 14 : Workshops de Katsumi Komagata e associação “Les Trois Ourses


Edição de diversas obras: sobre Katsumi Komagata, José Barata-Moura, ilustradores portugueses

Homenagem a José Barata-Moura, no dia 14, com apresentação de José Jorge Letria, seguido de interpretação de arranjo para quarteto de cordas da obra de José Barata-Moura, por José Luís Ferreira. Será apresentada uma publicação evocativa de vários aspectos da vida e obra de José Barata-Moura, e que inclui entrevista de Filipa Melo e prefácio de José Jorge Letria.

A inscrição, que inclui a participação em todas as conferências, dois workshops e a oferta das edições, pode ser realizada até ao dia 27 de Setembro (com um número limite de participantes).


Mais informações:

Programa detalhado
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